sábado, 12 de novembro de 2011

América Latina...Que viva a América! Não podes comprar minha vida ...

 
Sou... sou o que deixaram
Sou toda a sobra do que te roubaram
Um povo escondido lá acima
Minha pele é de couro, por isso aguenta qualquer clima


Sou uma fábrica de fumaça
Mão obra camponesa para o teu consumo
Frente fria no meio do verão
Amor nos tempos do cólera, meu irmão.


Se o sol que nasce e o dia que morre
Com os melhores entardeceres
Sou o desenvolvimento em carne viva
Um discurso político sem saliva


Os rostos mais bonitos que conheci
Sou a fotografia de um desaparecido
O sangue dentro de tuas veias
Sou um pedaço de terra que vala a pena


Uma cesta com feijões,
Sou Maradona contra Ingraterra
Marcando-te dois gols
Sou o que sustenta minha bandeira
A espinha dorsal do planeta é minha cordilheira


Sou o que meu pai me ensinou
O que não quer a sua pátria, não quer a sua mãe
Sou América Latina,
Um povo sem perna, mas que caminha


Tu não podes comprar o vento
Tu não podes comprar o Sol
Tu não podes comprar a chuva
Tu não podes comprar o calor


Tu não podes comprar as nuvens
Tu não podes comprar as cores
Tu não podes comprar minha alegria
Tu não podes comprar minhas dores


Tu não podes comprar o vento
Tu não podes comprar o Sol
Tu não podes comprar a chuva
Tu não podes comprar o calor


Tu não podes comprar as nuvens
Tu não podes comprar as cores
Tu não podes comprar minha alegria
Tu não podes comprar minhas dores


Tenho os lagos, tenho os rios
Tenho meus dentes para quando sorrio
A neve que maquia minhas montanhas
Tenho o sol que me seca e a chuva que me banha


Um deserto embrigado com peyote
Uma dose de pulque para cantar com os coiotes
Tudo o que necessito,
Tenho meus pulmões respirando azul clarinho
A altura que sufoca,
Sou os molares da minha boca, mascando coca


O outono com suas folhas caídas
Os versos escritos sob as noites estreladas
Uma vinha repleta de uvas
Um canavial sob o sol de Cuba


Sou o mar Caribe que vigia as casinhas
Fazendo rituais de água benta
O vento que pentia meus cabelos
Sou todos os santos que penduram em meu pescoço
O conteúdo de minha luta não é artificial
Porque o adubo de minha terra é natural


Tu não podes comprar o vento
Tu não podes comprar o Sol
Tu não podes comprar a chuva
Tu não podes comprar o calor


Tu não podes comprar as nuvens
Tu não podes comprar as cores
Tu não podes comprar minha alegria
Tu não podes comprar minhas dores


Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o Sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor
Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha alegria
Não se pode comprar minhas dores


Não podes comprar o Sol...
Não podes comprar a chuva
(Vamos caminhando) No riso e no amor
(Vamos caminhando) No pranto e na dor
(Vamos desenhando o caminho) O Sol...
Não podes comprar minha vida
(Vamos caminhando) A TERRA NÃO SE VENDE


Trabalho duro, mas com orgulho
Aquí se compartilha, o meu é teu
Este povo não se afoga com ondas grandes
E se derruba eu o reconstruo


Tão pouco pisco quanto te olho
Para que te lembre do meu sobrenome
A operação Condor invadindo meu ninho
Perdoo mas nunca esqueço!


Vamos caminhando
Aqui se respira lucha
Vamos Caminhando
Eu canto porque se escuta
Vamos desenhando o caminho
(Vozes de um só coração)
Vamos caminhando
Aqui estamos de pé


Que viva a América!


Não podes comprar minha vida...

Calle 13
Viajando me refaço, me descubro, me renovo. Com o pé na estrada, me perco, me acho, me diluo entre tantos e tantas, anônima e livre, sem identidade nem ego, para depois me reinventar no meu próprio contexto. Talvez, mais sábia, mais curiosa, menos preconceituosa. Certamente mais eu.
“Um bom viajante não tem planos fixos nem tão pouco a intenção de chegar”

"Num sonho eu era como o vento e podia voar. Voei pra ver as maravilhas de cada lugar Dancei com os índios, mergulhei entre os corais. Troquei idéia com um coroa que era demais Vi dreadlocks e confetes bailando no ar. E três amigas se abraçavam de se transbordar Agradecido, aplaudi o pôr-do-sol. Por onde for terei seu fogo como o meu farol"
“Um bom viajante não tem planos fixos nem tão pouco a intenção de chegar”

Lar sem muros...viajante da terra!

"E sigo por aí viajante habitante de um lar sem muros O passado eu deixei nesse instante. E com ele meus planos futuros, pra seguir"